Namblá era do povo Laklãnõ-Xokleng, da Terra Indígena Laklãnõ, da aldeia que fica em José Boiteux, no Vale do Itajaí. "Perdemos a criatividade, o brilhantismo, a originalidade e sensibilidade, o empenho, o vigor e os horizontes de Marcondes. Ficamos com a memória, feitos, reflexões, sua alegria, competência e habilidade", diz a nota.
Conforme a instituição, o indígena exercia o cargo de juiz na TI, falava a língua Laklãnõ e era professor na Escola Laklãnõ. Na UFSC, ele fez parte da primeira turma do curso de Licenciatura Intercultural Indígena e se formou em abril de 2015.
Conforme imagens de câmeras de monitoramento às quais a NSC TV teve acesso, Namblá foi espancado na rua, na madrugada de 1º de janeiro, por um homem que estava com um pedaço de madeira. A agressão começou depois que os dois conversaram, quando o indígena estava de costas. Ele foi atingido na cabeça e caiu, continuando a apanhar em seguida. O agressor fugiu e ainda não foi preso.
Namblá foi encontrado desacordado ainda na madrugada por volta das 5h, na avenida Eugênio Krause, no bairro Armação. A Polícia Militar disse que, inicialmente, pensou que o indígena estava bêbado. Ele foi foi levado para atendimento no Hospital Marieta Konder Bornhaunsen, em Itajaí, mas não resistiu.